segunda-feira, 18 de abril de 2011

DIRETÓRIO DE PARTIDO, PRA QUÊ?

          Outro dia sintonizei a Radio Poti de Crateús e ouvi uma entrevista com o vereador Antonio Luiz Júnior, daquele município, se valorizando por ter sido convidado (depois eu soube que ele se convidou) pelo governador em exercício Domingos Filho para uma conversa política. Indagado sobre o processo sucessório em Crateús, o que Domingos achava das pré-candidaturas postas, júnior descreveu com impressionante didática, detalhes da estratégia do vice-governador para escolher aqueles que disputarão o pleito municipal no ano vindouro, nos municípios de sua influência.


          Segundo Júnior, todos aqueles que se acharem preparados para disputar o pleito serão em algum momento chamados a ter uma conversa com Domingos para formar uma espécie de banco de candidatos de onde, na hora certa, ele sacará um para ser o candidato e seu protegido. Em nenhum momento falou de ouvir o partido, de submeter ao diretório. Aliás, o político tauaense é o PMDB, é o DIRETÓRIO. Como dizia o Rei Sol: “Je souis la Loi, Je souis l'Etat; l'Etat c'est moi”; Eu sou a Lei, eu sou o Estado, o Estado sou eu. Foi assim também no pleito municipal de 2008 em Novo Oriente. Desde algum tempo o presidente do PMDB local à época, advogado Airton Martins se reunia com um grupo de filiados do partido, (entre eles, eu), para formatar um perfil a fim de submeter à apreciação do diretório no momento oportuno. Aconteceu que por ordem do Rei Sol tupiniquim um grupo de pessoas egressas do PSDB, todas em busca do espaço que não tinham no partido se filiaram ao PMDB e todas passaram a fazer parte do “banco” de pré-candidatos à prefeitura de Novo Oriente.


          Sem jamais ter vindo a ter conosco qualquer entendimento, passou a nos convocar em seu palácio de campo em Tauá para sondar no fundo de nossas almas qual de nós uma vez eleito, toparia gerenciar seus propósitos políticos na região. Como todos sabem deu Neto Vidal, para candidato a prefeito e para presidência do partido, cargo que nunca chegou a assumir, dada sua desorganização, até hoje o PMDB de Novo Oriente não está regular junto aos órgãos estaduais. O ex-presidente, Airton Martins, não fosse pelo decurso do prazo, ainda hoje se achava no poder, já que nunca fora comunicado da renovação do Diretório.