terça-feira, 22 de maio de 2012

MINHAS CONVICÇÕES POLÍTICAS


Não sei como funcionaria na prática, mas aqui na minha cabeça de “sociólogo de botequim” fico filosofando que seria muito bom se todo cidadão que pretendesse concorrer a um cargo eletivo fosse submetido a uma comissão julgadora em pelo menos três quesitos, a saber: a) Competência técnica; b) compromisso político e c) atitude. Estas três virtudes formam o tripé sobre o qual se equilibra qualquer agente público e, a ausência de uma delas, o torna manco e até paralítico.
            Para se exercer qualquer cargo ou função na vida pública ou privada é primordial que o indivíduo tenha um mínimo de conhecimento na área em que pretende atuar. Assim é que um médico dificilmente poria de pé um edifício ao passo em que um engenheiro jamais realizaria uma operação cirúrgica. Até mesmo nas tarefas consideradas mais simples como administrar o lar, cultivar um roçado, etc., necessita-se de conhecimento específico para tal. O que dizer de alguém que se propõe a governar um município, um estado e ate mesmo um país?  E os que são eleitos para redigirem as leis que normatizam e controlam a vida de milhões de pessoas? Atentemos aqui para o fato de que não estou defendendo somente os títulos conseguidos nas universidades, mas também a competência nata ou adquirida nas escolas da vida.
            A vida é feita de escolhas e na gestão da coisa pública não é diferente, toda hora o gestor é confrontado a decidir-se por essa ou aquela questão, ouve as mais diversas opiniões e cabe a ele, em conformidade com o Compromisso Político assumido, determinar e orientar o rumo de suas ações. Não é raro escutar-se por aí queixas de que determinados governantes estão privilegiando um grupelho, geralmente constituído por bajuladores, em detrimento da totalidade da população. Certamente o Compromisso Político deste gestor está equivocado porque governar para uma patota o impede de agir globalmente. Jesus já alertava para isso: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de amar um e odiar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” Mateus 6:24.
            Atitude, “maneira arrojada, desinibida e confiante de proceder ou enfrentar situações”. O não entorpecimento, o não imobilismo. Equivale a bateria do motor, pois é daí que parte a centelha que provoca a combustão e faz girar a máquina administrativa. Significa o “não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje”, o controle remoto que aciona as secretarias e departamentos fazendo com que cada um cumpra seu papel dentro do sistema. A falta de atitude geralmente provoca uma acefalia administrativa com vários grupos e pessoas se motivando por si e tomando encaminhamentos díspares.
            Um gestor que se encontre na condição de um bom técnico e compromisso político definido, mas que não tenha atitude, passa seu mandato como um sonhador, aquele que sabe o que tem que ser feito, sabe para quem fazer, mas não faz nada, fica só no discurso. É um manco, anda devagar e com dificuldades. Já aquele que é conhecido por não se aquietar, viver inventando e promovendo coisas sem ter conhecimento do que executa, está fadado ao fracasso, mesmo que seu compromisso seja politicamente correto, sua obra não terá perfeição e não atingirá os objetivos.
            Todavia, considero a ausência de Compromisso Político a falta mais grave num governante, pois ele sabe fazer, faz e não se preocupa com as conseqüências de seus atos. As histórias recente e antiga estão recheadas de exemplos de pessoas que agiram desta forma, dentre eles o mais emblemático foi Adolf Hitler, um técnico competentíssimo naquilo que se propôs e que agiu diuturnamente para a consecução de seus objetivos. Como todos sabemos, objetivos nada elogiáveis.

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