quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A EDITORA GLOBO E SEUS JORNALISTAS AMESTRADOS


                   Acho que tem desenvolvido em mim, mais do que seria desejável, a propensão que todos temos pelo masoquismo. Só assim se explica o porquê ainda abro as asquerosas publicações da editora globo, e o pior, pagando por elas. É como se um “canto de sereia” me levassem inexoravelmente a ler as matérias preconceituosas e parciais que os jornalistas amestrados dedicam ao PSDB & Cia., em retribuição aos afagos pecuniários que recebem.
                Acabo de ler na revista ÉPOCA, coluna do jornalista Guilherme Fiuza, em que critica veementemente declaração da presidente Dilma de que “queremos um país de classe media”, aquela classe que quase foi extinta nos governos de Fernando Henrique Cardoso. Todos sabemos que o propósito de FHC era implantar no país uma sociedade biclassista, onde só restariam as elites aristocráticas, aquarteladas em São Paulo, e a plebe espalhada pelos grotões miseráveis de meu Brasil Varonil.
                Depois de destilar ódio, inveja, ciúmes e mais uma mão-cheia de atitudes preconceituosas, o jornalista e projeto de escritor, tasca, se referindo ao ex-presidente Lula: “esse presidente ficou conhecido como “o filho do Brasil”, por ser gente como a gente”. E em seguida, sem disfarçar o preconceito, pergunta: “A gente quem, cara-pálida? Ele mesmo admite que a pergunta seja elitista. Com ranço, inhaca, ou, seja lá que nome se dê a esta arrogância, ele aconselha: “cheque seu passaporte, porque você talvez não caiba no Brasil de Classe média”. Melhor será viver como imigrante irregular na Europa ou Estado Unidos, do que ver pobre brasileiro comendo.
                Para ilustrar as carícias pecuniárias com que os tucanos azeitam as engrenagens da imprensa marrom do sul maravilha, veja alguns dados garimpados diretamente do Diário Oficial de São Paulo: Ao todo, em 2011, José Serra comprou 5.449 assinaturas do jornal Folha de São Paulo, a generosidade tucana custou aos cofres públicos a bagatela de R$ 2.704.883,60. Para não provocar ciúmes no jornalão oligárquico O ESTADO DE SÃO PAULO, mais 5.449 assinaturas, desta feita desembolsou R$ 2.691.806,00. E sabe aquele periódico da Editora Globo, a revista ÉPOCA, que publicou as baboseiras de Guilherme Fiuza? Pois bem ela também foi agraciada com a venda de 5.449 assinaturas, levando seu quinhão de R$ 1.190.061,60. Este número 5.449 quer significar alguma coisa?

Um comentário:

  1. Srs. Diretores da Rede Globo

    Causa profunda surpresa, indignação e perplexidade assistir a um programa de vossa emissora em que jornalistas, comentaristas e palpiteiros assumam a defesa explícita da prática de assassinatos como meio válido de fazer política.

    Isso foi feito abertamente, no dia 15.01.2012, por Diogo Mainardi e Caio Blinder, ambos empregados da Rede Globo (o trecho em questão pode ser acessado pelo link:
    http://www.youtube.com/watch?v=kH3oThn1l7g&feature=youtu.be

    Depois de fazer brincadeiras de gosto muito duvidoso sobre a sua suposta condição de agente do Mossad (serviço secreto israelense), Caio Blinder alegou que os cientistas que trabalham no programa nuclear iraniano são empregados de um “estado terrorista”, que “viola as resoluções da ONU” e que por isso o seu assassinato não constituiria um ato terrorista, mas sim um ato legítimo de defesa contra o terrorismo. Trata-se, é óbvio, de uma lógica primária e rudimentar, com a qual Mainardi concordou integralmente.

    Parece não ocorrer a ambos o fato de que o Estado de Israel é liderança mundial quando se trata em violar as resoluções da ONU, e que é acusado de prática de terrorismo pela imensa maioria dos países-membros da entidade. Será que Caio Blinder defende, então, o assassinato seletivo de cientistas que trabalham no programa nuclear israelense (jamais oficializado, jamais reconhecido mas amplamente conhecido e documentado)?

    Ambos, Caio Blinder e Diogo Mainardi - se associam ao evangelista fundamentalista estadunidense Pat Robertson, que, em abril de 2005, defendeu em rede nacional de televisão, com “argumentos” semelhantes, o assassinato do presidente venezuelano Hugo Chávez, provocando comentários constrangidos da Casa Branca.

    Ao divulgar a defesa da prática do assassinato como meio de fazer política, a Rede Globo dá as mãos ao fundamentalismo – não importa se de natureza religiosa ou ideológica – e abre um precedente muito perigoso no Brasil. Isso é inaceitável.

    Atenção: não defendemos, aqui, qualquer tipo de censura, nem queremos restringir a liberdade de expressão. Não se trata de desqualificar ideias ou conceitos explicitados por vossos funcionários. O que está em discussão não são apenas ideias. Não são as opiniões de quem quer que seja sobre o programa nuclear iraniano (ou israelense, ou estadunidense...), mas sim o direito que tem uma emissora de levar ao ar a defesa da prática do assassinato, ainda mais feita por articulistas marcadamente preconceituosos e racistas. Em abril de 2011, o mesmo Caio Blinder qualificou como “piranha” a rainha Rania da Jordânia, estendendo por meio dela o insulto às mulheres islâmicas. Mainardi é pródigo em insultos, não apenas contra o Islã mas também contra o povo brasileiro.

    Se uma emissora do porte da Globo dá abrigo a tais absurdos, mais tarde não poderá se lamentar quando outros começarem a defender, entre outras coisas, a legitimidade de se plantar bombas contra instalações de vossa emissora por quaisquer motivos, reais ou imaginários – por exemplo, como forma de represália pelas íntimas relações mantidas com a ditadura militar no passado recente, pela prática de ataques racistas contra o Islã e o mundo árabe, ou ainda pelos ataques contumazes aos movimentos sociais brasileiros e latino-americanos.

    Manifestações como essas de Caio Blinder e Diogo Mainardi ferem as normas mais elementares da convivência civilizada. Esperamos que a Rede Globo se retrate publicamente, para dizer o mínimo, tomando distância de mais essa demonstração racista de barbárie.

    Assine AQUI

    Agradecemos a atenção.

    Carta Maior

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